terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dois anos de uma tragédia

O tempo parece passar cada vez mais rápido, e, hoje, completam-se dois anos do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). Uma tragédia que resultou na morte de 242 pessoas. Um acontecimento de repercussão internacional, pois só há registros de dois outros fatos semelhantes, na proporção, em casas noturnas, na Argentina e nos Estados Unidos. A associação dos familiares das vítimas procura não deixar o assunto cair no esquecimento e mantém sua luta pela punição dos responsáveis. O drama dos que se envolveram diretamente com aquela noite fatídica está longe de acabar. Pessoas que estiveram na boate e sobreviveram, bem como algumas que auxiliaram as vítimas, e que se mostravam bem, começam a desenvolver problemas de saúde, devido à exposição às substâncias tóxicas expelidas no incêndio. Esse reflexo tardio ainda poderá ocorrer com outras pessoas, até mesmo muitos anos depois do fato, conforme fontes médicas. Essa circunstância torna ainda maior o pesadelo envolvendo a tragédia da boate Kiss. A dor das famílias dos 242 mortos nunca irá acabar, e os transtornos para os sobreviventes tendem a se prolongar. O único consolo seria a punição exemplar daqueles que, por ação deliberada ou negligência, foram causadores do incêndio. Porém, no Brasil, a tendência, na maioria das ocorrências criminais, é pela impunidade ou aplicação de penas brandas. Resta esperar que a opinião pública pressione as autoridades para que a justiça seja feita.

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