quinta-feira, 21 de junho de 2012

A façanha não aconteceu

O torcedor do Grêmio está sempre esperando que o clube seja capaz de repetir façanhas e epopeias, mas fatos como a Batalha dos Aflitos não ocorrem com frequência, pelo contrário, entram para a história pelo que tem de inusitado. Nada apontava para que o Grêmio revertesse, diante do Palmeiras, a enorme desvantagem que foi criada no primeiro jogo pelas semifinais da Copa do Brasil. Afora a tão badalada imortalidade do Grêmio, nenhum indicativo o favorecia. Em jogos oficiais, até hoje, o Grêmio só venceu o Palmeiras, fora de casa, duas vezes, ambas por 1 x 0, nos Campeonatos Brasileiros de 2006 e 2008. Portanto, foram vitórias tanto raras quanto escassas em gols. Ora, o Grêmio precisava, hoje à noite, em Barueri, ganhar do Palmeiras fora de casa, o que sempre lhe foi muito difícil, e fazer um placar largo, o que nunca havia alcançado contra esse adversário na condição de visitante. O Grêmio se esforçou, foi melhor que o Palmeiras durante todo o jogo, a exemplo do que ocorreu na primeira partida, mas não obteve êxito na sua busca por uma reversão espetacular. Conseguiu, após muito esforço, abrir o placar, mas cedeu o empate logo depois, selando a definição da classificação. Foi a terceira eliminação importante do Grêmio desde que o técnico Vanderlei Luxemburgo chegou no clube. As outras duas foram para o Caxias, no primeiro turno do Campeonato Gaúcho, e para o Inter, no segundo turno da mesma competição. Mesmo assim, Luxemburgo insiste em dizer que o Grêmio está no caminho certo e que vai conseguir se classificar para a Libertadores do ano que vem. Isso é muito pouco. O Grêmio precisa é de títulos, não de classificações. Até porque, de nada adianta se classificar para a Libertadores e depois não se mostrar em condições de vencê-la. Poucas vezes uma Copa do Brasil se mostrou tão fácil de ser ganha quanto a de 2012. O Grêmio desperdiçou essa chance e o sofrimento do seu torcedor permanece. Ele continuará esperando por façanhas que insistem em não se concretizar.

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