terça-feira, 3 de abril de 2012

Aírton

O futebol do Rio Grande do Sul perdeu, hoje, o seu maior zagueiro de todos os tempos, Airton Ferreira da Silva, o "Pavilhão", que assim ficou conhecido quando o Força e Luz, clube pelo qual jogava, negociou-o com o Grêmio em troca do pavilhão social do antigo estádio da Baixada. Aírton atingiu o estrelato no Grêmio dos anos 50 e 60, que ganhou 12 campeonatos gaúchos em 13 disputados. Chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira e teve uma passagem pelo Santos de Pelé. Com uma notável técnica, Aírton, mesmo sendo zagueiro, não costumava cometer faltas. Aírton, contudo, jogou numa época em que a televisão ainda estava em seus primórdios no Rio Grande do Sul, e, por isso, suas atuações magníficas ficaram restritas às páginas dos jornais da época e à memória de quem as assistiu, não lhe dando uma fama, após o encerramento da carreira, do tamanho que merecia. Sua ligação com o Grêmio era tão forte que morava a poucos metros de distância do Estádio Olímpico. Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e de conversarmos algumas vezes. Afora o craque que foi, Aírton também era um ser humano simples e afável. Sua morte deixa de luto não apenas o Grêmio, do qual foi uma das maiores expressões, mas o futebol gaúcho como um todo. Esperemos que ele receba homenagens na medida da sua importância. Aírton merece que seu nome seja dado a competições, troféus, avenidas, estádios. Seria o justo reconhecimento a um dos maiores nomes da história do futebol gaúcho.

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