domingo, 14 de agosto de 2011

Memória fraca

Ao ouvir as candentes reclamações de cronistas identificados com o Inter, e de dirigentes do clube, responsabilizando o árbitro pelo empate com o Bahia em 1 x 1, no estádio de Pituaçu, em Salvador, me espantei ao perceber como é fraca a memória de algumas pessoas. Há exatamente uma semana, o Inter ganhou um jogo do Cruzeiro, única e exclusivamente, pela atuação desastrosa do árbitro, que influiu diretamente no resultado. Dias antes, perdera um jogo para o Fluminense, por 2 x 0, no qual só não foi goleado por que a arbitragem deixou de marcar dois pênaltis em favor do clube carioca. Diante de tais erros, nenhuma manifestação, afinal, já expressa o ditado, pimenta nos olhos dos outros é colírio. Agora, diante de mais um jogo sem vitória contra um adversário modesto, surge o árbitro como bode expiatório. O argumento das muitas chances de gol criadas pelo Inter também não servem para caracterizar o resultado como injusto. Jogos se decidem pelos gols marcados, não pelo número de chances desperdiçadas. Aliás, criar oportunidades de gol e não conseguir concretizá-las é prova de imperícia. O fato é que o Inter segue fazendo uma campanha muito abaixo do esperado para um clube que gasta R$ 5 milhões por mês com a folha de pagamento. Culpar árbitros, que, na verdade estão mais ajudando o Inter do que lhe causando prejuízos, não passa de uma surrada tática diversionista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor se reserva o direito de moderar os comentários. Textos com conteúdo ofensivo ou linguajar inapropriado não serão publicados neste espaço.