quarta-feira, 30 de março de 2011

Inadmissível

Foi o próprio técnico do Grêmio, Renato, que definiu como inadmissível a forma como o time perdeu para o Juventude, na noite de quarta-feira. O Grêmio terminou o primeiro tempo vencendo por 1 x 0. Sofreu o empate no início do segundo tempo, passou novamente a frente no placar, ficou com um homem a mais em campo devido a expulsão de um jogador do Juventude, passou a dominar inteiramente o jogo e perdeu dois gols feitos. Esse fato, o das chances claras de gol desperdiçadas, pareciam prenunciar que algo de ruim poderia acontecer. Como também disse Renato, o futebol pune quem tem a chance de liquidar um jogo e a desperdiça. No final do jogo, o Grêmio não só não ampliou o resultado, como permitiu a virada do Juventude. Primeiro, com um patético gol contra de Gílson. Depois, com uma bola perdida na saída da defesa, que redundou num chute forte de fora da área, pegando Vítor adiantado. Renato deveria, no entanto, assumir a sua parcela de culpa pelo resultado, pois insiste em escalar Gílson, que além de não jogar bem até fez um gol contra, e escalou Neuton, de péssima atuação, quando deveria ter optado por Mário Fernandes. A insistência com Gílson é incompreensível, já que há a opção de Bruno Collaço ou, até mesmo, a de fazer Lúcio retornar a sua posição de origem. Já quanto a Mário Fernandes, além de ser tecnicamente muito superior a Neuton, sua escalação permitiria que Rafael Marques passasse para o lado esquerdo da zaga, sua verdadeira posição. O fato é que a derrota para o Juventude já é a terceira do Grêmio no Campeonato Gaúcho. As outras duas foram para o Novo Hamburgo e para o Cruzeiro. Em todas elas, o time apresentou um comportamento em campo incompatível com a grandeza do clube. Contra o Novo Hamburgo, no dizer de seu próprio técnico, o Grêmio parecia estar passeando em campo. Na partida contra o Cruzeiro, com um time jovem, correu menos que o adversário, que havia jogado 48 horas antes. Já no jogo contra o Juventude, tendo um homem a mais em campo, deixou de obter uma goleada que se desenhava e permitiu a virada do adversário. Junte-se a isso a derrota, também de virada, para o Atlético Junior de Barranquilla, na Colômbia e o empate medíocre com o León, em Huánaco, no Peru, e se tem um conjunto de atuações preocupantes, que não sinalizam um futuro promissor. Está mais do que na hora de a diretoria do Grêmio cobrar do técnico e dos jogadores a razão de tão seguidos maus desempenhos. Antes que seja tarde demais.

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