segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O bem e o mal

Há uma frase, por muitos recitada, que diz que a maldade humana não tem limites. Os roubos de doações para as vítimas da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, praticados por falsos voluntários, só confirmam a veracidade da afirmação. Enquanto uma corrente de solidariedade se espalha pelo país, visando minorar a dor dos atingidos pelo drama das enxurradas na serra fluminense, há quem tire proveito da situação tentando desviar as doações enviadas para as vítimas. Não há palavras que possam servir para classificar tal ato. Se a ação solidária de tantos indivíduos expõe o lado melhor que existe nos seres humanos, o roubo cometido pelos falsos voluntários demonstra a outra face, a fera que habita dentro das pessoas. Há também comerciantes que, insensíveis, cobram preços abusivos por itens como água e velas. Pelo menos há o consolo de que tais comerciantes não deverão ficar impunes. A ordem do comandante-geral da Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte é que, constatados os abusos nos preços, tais pessoas sejam presas pelos PMs que trabalham no socorro às vítimas. Pelo menos isso. A ajuda ás vítimas da maior tragédia climática da história do Brasil, não pode ser maculada por atos tão sórdidos como os praticados pelos ladrões de doações e pelos comerciantes que querem lucrar com a dor alheia.

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