quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A crise do Vasco

O Vasco, um dos grandes clubes brasileiros, detentor de uma das cinco maiores torcidas do país, vive, já há algum tempo, uma grande crise. Ao contrário de outros clubes de expressão do futebol brasileiro que, ao serem rebaixados, voltaram fortalecidos para a primeira divisão, o Vasco teve um pífio desempenho no Campeonato Brasileiro de 2010. Agora, a situação parece ter chegado ao ápice. O Vasco perdeu seus três primeiros jogos no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, todos para clubes pequenos. Os problemas do clube começam, é óbvio, pela fragilidade do time. Apesar da insuficiência técnica do time em 2010, o Vasco pouco se reforçou em 2011. Porém,  a explicação para a crise vascaína não se resume a isso. Roberto Dinamite, um dos maiores ídolos da história do clube, senão o maior, está, claramente, fracassando como presidente.  O presidente anterior, Eurico Miranda, tão odiado por tantos, conquistou muitos títulos para o Vasco. O que só prova que, no futebol como na vida, não bastam boas intenções. O fato de ter sido um grande nome do Vasco como jogador não habilita Roberto Dinamite para ser um bom presidente. O futebol fora das quatro linhas é muito diferente daquele que é jogado dentro do campo. Para ser um presidente vencedor é preciso mais do que caráter e boa vontade. É preciso competência específica para administrar e isso não se aprende dentro do gramado. Urge que se faça algo para reverter a situação do Vasco, pois a crise de um grande clube não afeta só a sua torcida. Como patrimônios que são do futebol mais vitorioso do mundo, os grandes clubes brasileiros, quando em crise, atingem a estrutura do futebol do país como organização e negócio. O Vasco precisa se recuperar, pelo bem não só dos seus torcedores, mas de todo o futebol brasileiro.

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