sexta-feira, 1 de junho de 2018
A queda de Pedro Parente
A notícia do pedido de demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, encheu de satisfação os brasileiros conscientes, que ainda não aderiram ao entreguismo e ao desmonte do patrimônio público. Parente é um típico administrador neoliberal, voltado para o atendimento dos interesses do mercado. Exaltado pela imprensa conservadora, Parente trabalhava em defesa de acionistas e investidores, numa típica visão privatista adotada numa empresa que é estatal. Sendo tão prestigiado pelo mercado e pela imprensa, porque, então, Parente pediu demissão? Os protestos da oposição e os ataques virulentos que recebeu nas redes sociais durante a greve dos caminhoneiros não seriam fortes o suficiente para que tomasse essa decisão. O que deve ter motivado a atitude de Parente é o envolvimento de seu nome em denúncias de irregularidades no exercício do cargo, como, por exemplo, em dispensa de licitações que favoreceram empresas pertencentes a familiares seus. A contrariedade com medidas tomadas pelo governo federal em consequência da greve dos caminhoneiros não seria motivo suficiente para que resolvesse deixar o cargo. Parente sabe que não teria sossego se permanecesse como presidente da Petrobras, pois as denúncias abalaram sua imagem de administrador competente e profissional. Para os brasileiros em geral, a queda de Pedro Parente é uma notícia alentadora. Tomara que outros tantos administradores do desmonte do Estado brasileiro venham a fazer a mesma opção.
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