segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Nem tudo são flores nas Safs

Ouro de tolo. São vários os exemplos de que nem tudo são flores nas Safs, tidas por muitos como a "salvação" para os clubes de futebol. O Vasco, há muitos anos somando crises financeiras e fracassos esportivos, viu na Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a solução para os seus problemas. Porém, a empresa que assumiu o futebol do clube, a 777 Partners, logo se viu envolvida numa crise, e a parceria foi desfeita. O Cruzeiro já está no segundo proprietário de sua SAF, mas os resultados esportivos seguem muito ruins. Ontem, o clube foi eliminado do Campeonato Mineiro, que será decidido entre Atlético e América. A torcida, enfurecida, tem feito ameaças a determinados jogadores e ao gerente executivo Alexandre Mattos. O Botafogo vai de mal a pior em 2025. O clube já perdeu a Supercopa do Brasil, para um de seus maiores rivais, o Flamengo, foi derrotado no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana, e é o único dos grandes clubes do Rio de Janeiro que não se classificou para as semifinais do campeonato estadual. Desde dezembro está sem um técnico efetivo, só com interinos. Os jogadores do Botafogo já reclamaram disso, mas o proprietário da SAF, John Textor, não gostou. O Valladolid, clube espanhol cuja SAF pertence ao ex-centroavante Ronaldo, tornou-se um clube "iô-iô", alternando-se entre a primeira e a segunda divisões. No momento, é o lanterna do Campeonato Espanhol e, no último fim de semana, foi goleado por 7 x 1 pelo Athletic Bilbao. O resultado vergonhoso fez com que torcedores do clube tenham pedido o ressarcimento, por parte dos jogadores, dos valores dispendidos com ingressos para a partida. Como se vê, más administraçôes ocorrem com ou sem SAF, que está longe de ser a solução para todos os males do futebol.