quinta-feira, 27 de junho de 2024

Glória e fracasso em tempo recorde

Poucas vezes se viu uma trajetória tão oscilante num curto espaço de tempo. Demitido pelo Fluminense na segunda-feira, o técnico Fernando Diniz experimentou glória e fracasso em tempo recorde. Em novembro de 2023, conquistou o título da Libertadores, um sonho do Fluminense adiado por 15 anos, desde a derrota para a LDU em 2008. Ao ganhar a Libertadores, Diniz, um técnico, até então, visto por muitos como revolucionário mas contestado por outros tantos, atingiu sua afirmação na carreira. O sucesso foi tanto que Diniz chegou a acumular seu trabalho no clube com o de técnico interino da Seleção Brasileira, até que, conforme a CBF, o italiano Carlo Ancelotti viesse treinar a equipe. Deu tudo errado. Diniz teve um péssimo desempenho na Seleção e foi demitido depois de apenas seis jogos, e a vinda de Ancelotti se mostrou uma propaganda enganosa do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. No Fluminense, Diniz ainda conquistou, já em 2024, o título da Recopa Sul-Americana, mas, a partir daí, nada foi como antes. O clube, que era bicampeão estadual, não conseguiu manter a hegemonia. Fez uma boa campanha na fase de grupos da Libertadores, mas se alojou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro desde o início da competição, o que fez com que, após 11 rodadas, Diniz fosse demitido. Em poucos meses, Diniz, que tinha dois empregos, tornou-se disponível no mercado. Claro que não lhe faltarão convites, mas o prestígio que alcançou após o título da Libertadores já sofreu um forte desgaste.

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