terça-feira, 18 de junho de 2024

Lula encara o inimigo

O presidente Luís Inácio Lula da Silva já deu mostras, várias vezes, de que não recua diante de seus adversários. Desde que tomou posse, Lula encara o inimigo maior da sua administração, o Banco Central "independente". Aprovada no governo Bolsonaro, a "independência" do Banco Central é uma abjeção. A medida fez com que o mandato da diretoria do Banco Central não seja coincidente com o do governo federal, que, portanto, não tem influência sobre sua composição. Dessa forma, o Banco Central pode adotar políticas desalinhadas com o pensamento econômico do governo, como ocorre atualmente. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atua de forma francamente contrária às diretrizes econômicas do governo Lula. Comprometido, unicamente, com os interesses dos banqueiros, como acontecia com o seu avô, Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo Castelo Branco, o primeiro da ditadura militar, Campos Neto insiste em manter a taxa de juros elevada, prejudicando os trabalhadores. Lula tem batido de frente com Campos Neto, sem recuar, mesmo criticado pela imprensa, também comprometida com os interesses das oligarquias. O presidente foi categórico ao dizer que não fará ajuste fiscal tirando dinheiro dos pobres. O "mercado" sempre reage de forma nervosa diante dessas declarações, causando altas na cotação do dólar e queda nos índices da Bolsa de Valores. Porém, Lula não se intimida. O mandato de Campos Neto terminará no dia 31 de dezembro. Certamente, seu substituto deverá ser afinado com o governo. O país só terá a ganhar. Até lá, é preciso resistir às pressões por um "ajuste fiscal" que serviria apenas para ferir os direitos do povo e favorecer os poderosos.

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