segunda-feira, 20 de maio de 2024

Confissão estarrecedora

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu, em entrevista concedida ao jornal "Folha de São Paulo", que foi alertado da necessidade de adotar medidas de prevenção para eventos climáticos extremos, mas alegou que sua administração também tinha outras agendas, e que preferiu privilegiar a questão fiscal. Sem dúvida, é uma confissão estarrecedora, e que evidencia como é a visão neoliberal de governo. Leite deixou em segundo plano a segurança física e material das pessoas para priorizar a "questão fiscal", verdadeira fixação do discurso direitista. Para os defensores do mercado, a sociedade fica em segundo plano, em nome do "equilíbrio das contas". Seu compromisso é com acionistas e investidores. Por sinal, a falecida ex-primeira ministra da Inglaterra, Margareth Tatcher, ícone da direita, disse, certa vez, que não existe sociedade, apenas indivíduos. A declaração de Leite deveria ser suficiente para que fosse processado, pois seu teor é criminoso. Como, no Brasil, os que usam colarinho branco ficam impunes, resta esperar que, tanto nas eleições de 2024 quanto em 2026, o eleitor dê sua resposta a tanta negligência nas urnas, varrendo a direita do poder em todas as esferas.

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